Município não possui base de dados do funcionalismo e precisa levantar lotação e gastos com todos os profissionais
O curto espaço de tempo para a transição de Governos em Coruripe acarretou uma série de prejuízos. A comissão da nova gestão acabou não tendo acesso a todos os documentos necessários para tomar ciência de informações relevantes sobre o processo administrativo, a exemplo dos documentos que versam sobre o funcionalismo efetivo, comissionado e contratado. Além dos recursos empregados com a folha de pessoal.
“Hoje não existe uma base de dados com informações importantes sobre todos os servidores da Prefeitura, por isso a necessidade de iniciar o processo de recenseamento. Para tanto, precisamos tomar algumas medidas. E o Decreto é uma delas. Por incrível que pareça, são informações essenciais de uma administração. Mas, aqui não conseguimos levantar tudo no período de transição”, justificou o prefeito Marcelo Beltrão (PP).
O Decreto 1.190/2021 versa sobre a rescisão dos contratados por tempo determinado e a medida é necessária para que se faça ainda um censo dos servidores, por lotação e salário. Essa inciativa é de grande relevância para os ajustes da máquina pública. Só para exemplificar, de acordo com o secretário de Saúde, Marcius Beltrão, somente na sede da secretaria estão lotados 150 servidores.
“Existem várias questões que estamos levantando e precisamos ajustar o mais rápido possível. Temos 150 servidores lotados na sede da Secretaria, um número muito alto e que não sabemos ainda qual o efetivo necessário. Precisamos reorganizar essas questões. Esse é só um exemplo”, pontuou o gestor da Saúde.
Para o prefeito Marcelo Beltrão (PP), o Decreto não busca prejudicar nenhum servidor, o intuito é organizar a casa e saber efetivamente o gasto com pessoal e lotação. “Não queremos prejudicar ninguém. Mas, existe a necessidade de saber onde cada servidor é lotado, horário e quanto ganha. Nós não temos estes dados e precisamos saber o total de servidores que existem hoje e quantos são realmente necessários para o funcionamento dos órgãos municipais. Precisamos refazer urgentemente o banco de dados do servidor público da Prefeitura de Coruripe”, encerrou.
A Prefeitura de Coruripe declarou situação de emergência administrativa em razão do pouco tempo de transição do Governo passado e atual. Com isso, dificultou o acesso às informações que permitiriam o conhecimento das condições dos bens e dos serviços ofertados ao povo. Além do quantitativo de servidores e o gasto com todo o quadro. O Município precisa adotar de imediato boas práticas institucionais que norteiam os princípios constitucionais da administração pública.